O cardeal Müller descreve como "absurda" a visita dos bispos alemães a Roma por tentarem "negociar sobre fé e moral"

26/03/2024

Em entrevista ao Kath.net, o cardeal Müller voltou a criticar a atitude conflituosa dos bispos alemães e a postura do papa sobre a guerra entre Rússia e Ucrânia.

O cardeal Müller criticou as ideologias (nacionalismo, socialismo e capitalismo) que prometem a salvação do homem, garantindo que "todas terminaram em desastre". Da mesma forma, ele apontou que "a ideologia da 'Nova Ordem Mundial' do chamado 'Capitalismo Inclusivo' do poder global e das elites financeiras com sua Agenda 2030 também se revelará uma utopia tão catastrófica quanto as religiões políticas que substituem o niilismo gnóstico que as precedeu".

O ex-prefeito da Doutrina da Fé revela que acaba de ir à Ucrânia, onde deu uma série de palestras aos bispos de lá. Müller conta que o prefeito de Lviv lhe pediu para abençoar vários jovens soldados mortos na guerra e confirma que conseguiu falar com várias mães que perderam seus filhos e que "esperam mais apoio espiritual e moral dos bispos do Ocidente e especialmente do Santo Padre em Roma".

"Ninguém além da pessoa que deu a ordem para atacar é responsável pela morte e mutilação de centenas de milhares de ucranianos e pelo estupro e expulsão que muitos sofreram", disse o cardeal alemão. O cardeal Müller disse que "diante do tribunal de Deus, os Biden com sua guerra contra os nascituros e os Putins com suas campanhas contra as nações vizinhas dificilmente serão capazes de justificar suas mentiras de propaganda".

Críticas aos Sínodos alemães

Seguindo sua linha habitual, o cardeal Müller criticou que "os sínodos alemães estão completamente errados não apenas em termos de conteúdo, mas também em termos de método" e lamenta que "sejam vítimas de seus próprios truques de propaganda".

O cardeal Müller não hesita em assinalar que "na sua cegueira ideológica e no seu anticlericalismo patológico, não percebem o seu ateísmo".

Com grande clareza e nitidez, o cardeal Müller enfatiza que "é insuperável em termos de absurdo que os bispos alemães, como sucessores dos apóstolos, tenham vindo a Roma encontrar-se com o sucessor de São Pedro para negociar sobre fé e moral como se os ensinamentos da Igreja fossem uma oferta que pudesse ser encontrada no supermercado de ideologias vendidas ao maior lance".(Fonte: INFOVATICANA)

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