As imagens dos santos em nossas vidas nos inspiram na busca de Deus
"Nós católicos, estamos ligados às imagens dos santos desde nossa infância, e estas nos acompanham e nos inspiram à meditação e à oração".
Os santos estão presentes nas casas, na carteira, junto dos documentos, nos chaveiros, nos colares e pulseiras, nos veículos e em muitos outros lugares entre católicos.
Ajudam numa constante reflexão e a nunca nos esquecermos de Deus. São um chamado à santidade. A pensar em como foi suas vidas e como podemos imitá-los.
As imagens dos santos estiveram presentes na vida dos católicos desde os primeiros séculos. Na idade média eram usados como uma forma de comunicação já que a maioria das pessoas não sabiam ler.
Grandes artistas pintaram santos e são muitas as obras famosas com santos sendo entre tantas a Santa Ceia de Leonardo da Vinci a mais conhecida.
A Reforma protestante, sem querer deu grande impulso à arte entre os católicos. O Concilio de Trento, teve como finalidade examinar a doutrina e tomar medidas necessárias para a defesa da igreja face a nova onda protestante que assolava a Europa.
Os teólogos católicos chegaram então a conclusão de que uma das formas mais poderosas de manter a atenção dos católicos e assim blindar a fé contra as novas teorias, seria através da arte.
Tudo que foi feito para manter os católicos contra as ideias protestantes levou o nome de contrarreforma.
A arte, que já havia sido usada no passado para evangelizar, passou a ser uma arma poderosa para a igreja, como já vinha acontecendo desde o Románico. Nada melhor para captar a atenção dos fiéis que as imagens. As igrejas podiam praticamente evangelizar através do visual. Havia por exemplo as imagens da via sacra, que levava os fiéis a uma reflexão dos sofrimentos de Jesus.
Assim, muitos artistas foram contratados pela igreja. A ideia era como convencer através da imagem. E isto funcionou muito bem, pois a imagem impulsiona o cérebro a uma reflexão imediata. Tira a atenção de outras coisas e faz o fiel meditar.
Nos dias atuais, vive-se de imagens. Tudo gira em torno do visual. E isso não era diferente naquela época. Os artistas tinham então muitos temas importantes para transmitir; a Eucaristia, foi o primeiro tema a abordar. Para isso se eliminaram tudo que distraísse a atenção do sacrário e tudo ficou voltado para a Eucaristia. A forma arquitetônica das igrejas também começaram a mudar para melhor valorizar a arte nelas apresentadas.
Claro que toda essa arte expressa na igreja, passou para a vida diária do católico, tentando reproduzir o mesmo em suas casas, com oratórios, imagens dos santos e aqueles mais abastados tinham até uma pequena capela em casa.
Assim, a reforma protestante, acabou dando grande animo à igreja e a levou a uma renovação em todos os sentidos.
Há muitos artistas dedicados a pintura dos santos. Todas essas pinturas, tantos as antigas como as atuais, acabam virando imagens gráficas, ou seja reproduções impressas, que são usadas pelas pessoas como ponto de partida para reflexão e oração.
Sente-se uma grande diferença quando se entra numa igreja modernista, normalmente inspirada pelos movimentos de teologia da libertação, onde o mais importante é o homem, seu bem estar e não Deus, logo se nota a ausência de santos com as paredes vazias. Neste caso, não há a menor importância a falta dos santos, já que estas pessoas buscam o reino da terra e não o reino dos Céus.
Há uma artista norte americana bastante conhecida; a Tracy Christianson, especialista na pintura dos santos. Ela diz o seguinte:
"Sou uma artista autodidata que ama desenhar pessoas desde que tenho memória." "Cada santo tem uma história para contar." "As imagens de Nosso Senhor e seus santos devem comover-nos, dar-nos coragem e ajudar-nos a levar nossa cruz com aceitação. Conhecer e invocar os santos pode ajudar-nos a fazer a fazer isto em nossa vida diária aqui na terra".
A arte, desde um belo quadro, até a simples estampa reprodução, deve levar-nos a ver o grande amor que o santo teve por Deus e inspirar-nos à meditação e à imitação que também irá nos ajudar em nossa aproximação com Deus. (Da Redação) Deixe seu comentário! Compartilhe!