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Arcebispo brasileiro diz que receber a comunhão na boca "é medieval"
A figura do arcebispo de Cascavel, José Mário Scalon Angonese, tem estado no olho do furacão depois de suas recentes declarações sobre a prática de receber a Comunhão pela boca, que ele chamou de costume "da Idade Média".
Esta declaração causou grande escândalo no Brasil, onde muitos católicos consideram o comentário uma falta de respeito à tradição e aos princípios litúrgicos da Igreja.
As declarações polêmicas foram feitas pelo arcebispo José Mário Scalon Angonese durante uma Celebração Eucarística que aconteceu na Paróquia Nossa Senhora Consolata em Cafelândia, Paraná, Brasil. Ele expôs sua visão da liturgia, descrevendo certos aspectos tradicionais como "retrógrados" ou "medievais". Estas palavras ressoaram especialmente no contexto do sacramento da Eucaristia, uma vez que é a própria Igreja que recomenda a comunhão na boca.
Meios de comunicação especializados, como Silere Non Possum, destacaram a magnitude do desconforto gerado por essas declarações, afirmando que as palavras do arcebispo foram percebidas por alguns setores como uma atitude de desdém pelas práticas litúrgicas que foram defendidas ao longo da história por pontífices e figuras de grande relevância dentro da Igreja. De acordo com o artigo Silere Non Possum, a posição de Angonese marca um forte contraste com os ensinamentos do Papa Bento XVI, que em várias ocasiões promoveu a comunhão boca-a-boca como um ato de devoção e profundo respeito.
A resposta do arcebispo não demorou a chegar, pois sustentou que suas declarações foram mal interpretadas e descontextualizadas, reiterando que sua intenção era propor uma liturgia mais alinhada com o presente e mais compreensível para as novas gerações. No entanto, essa justificativa não foi suficiente para silenciar as críticas, especialmente daqueles que consideram que abrir uma discussão sobre como receber a Eucaristia é uma ameaça ao núcleo da fé católica e suas tradições sagradas.
Em meio à polêmica, a Arquidiocese de Cascavel divulgou um comunicado oficial apoiando o arcebispo, afirmando que José Mário Scalon Angonese sempre demonstrou "fidelidade e dedicação ao seu trabalho pastoral" e que seus esforços estão focados em "promover uma experiência espiritual mais próxima e autêntica". A arquidiocese ressaltou que a intenção do arcebispo não é minar a liturgia tradicional, mas adaptá-la para que mais pessoas, especialmente os jovens, possam encontrar nela um sentimento de pertencimento e espiritualidade.
De acordo com a nota do arcebispado brasileiro, as palavras do arcebispo foram tiradas do contexto, embora o vídeo fornecido por Silere non Possum prove o contrário. (Fonte: INFOVATICANA)
Durante o período patrístico, os Padres da Igreja continuaram e desenvolveram a vida espiritual cristã como aparece no Novo Testamento. Os Padres vivem a liturgia, vivem da liturgia e, portanto, educam na liturgia. Um bom exemplo disso são as catequeses mistagógicas (de Santo Ambrósio, de São Cirilo), especialmente os sermões de Páscoa de Santo...