Era um boato que se ouvia desde agosto e foi só neste domingo, 6 de outubro – em pleno Sínodo sobre a Sinodalidade – que o Papa Francisco anunciou a data e a lista dos futuros novos cardeais.
A Santa Missa Tridentina encantou os católicos e os santos através dos séculos (2ª. Parte)
A Santa Missa Tridentina que foi usada desde o início da Igreja e oficializada por São Pio V em 1570, foi usada até 1969 em todas as Igrejas.
De lá para cá, a Santa Missa Tridentina foi ficando cada vez mais rara chegando agora a ser celebrada em poucas igrejas. Normalmente em capelas ou em locais mais restritos, como as capelas das ordens religiosas.
Mas por incrível que pareça, há um renovamento ou surgimento de interesse pela Santa Missa Tridentina e dessa vez não pelos mais idosos que passaram suas infâncias frequentando tais Missas, mas sim pelos jovens.
Há em vários países, uma verdadeira busca pela tradição. Seminaristas que até brigam com seus superiores para poder usar batina e seguir a tradição e jovens que buscam um meio tradicional.
A Santa Missa Tridentina que, aparentemente, é mais complicada, pois maior parte é em latim, não representa obstáculos para os fiéis. É uma Missa em que o padre é quem reza, os fiéis tem menos participação. Mesmo assim, o público pode comprar um livrinho de acompanhamento onde há de um lato da página a escrita em latim e do outro em português, inclusive com a indicação de quando os fiéis devem responder e o que responder. Portanto, frequentar esta Santa Missa não é nenhum obstáculo.
O que atrai as pessoas à Santa Missa Tridentina, também chamada Missa de sempre é de ordem espiritual. Cansados de não poder se concentrar na Santa Missa normal (de Paulo VI), por muito barulho, instrumentos ruidosos e muitas outras coisas nada ideais para quem deseja uma imersão espiritual nessa hora que deveria ser a mais importante na vida do cristão, encontra tudo que procura e muito mais na Missa de sempre. O grande problema é encontra-la, pois sendo de certa forma, até perseguida pelo Vaticano, poucos padres tem coragem de rezá-la.
Entretanto, a própria bula de São Pio V, menciona que os padres em qualquer época estão autorizados a rezá-la. Assim como também proibiu que a Santa Missa fosse modificada, o que não foi obedecido por Paulo VI em 1969 instituindo a nova Missa.
Eis alguns fatores que fazem a Santa Missa Tridentina ser tão buscada por aqueles que desejam uma imersão em nossa fé católica tradicional e vivenciar aquilo de que participaram os santos através dos séculos.
1- Na Missa Tridentina quem reza é o padre rogando a Deus pelos fiéis. Há uma divisão física, normalmente uma pequena cerca que separa os fiéis do altar.
2- No altar fica sempre o crucifixo, nunca num local lateral como acontece agora em certas igrejas.
3- O padre reza a Missa a maior parte em latim e quase todo o tempo de frente para o altar que fica ao fundo e de costas para os fiéis. O padre usa as vestimentas próprias para este tipo de Missa.
4- Os fieis respondem no momento certo também em latim (podem ler num livrinho) ao padre e o sinal da cruz é feito várias vezes conforme a oração. Também se ajoelham ou ficam sentados ou em pé conforme o momento da Missa.
5- Quem faz as leituras é também o padre. Os fiéis não tem participação no altar. As vezes o padre usa um sacristão (homem) que o auxilia.
6- Os cânticos são sem instrumentos na maioria dos casos. E quando os há, são algo como piano ou órgão.
7- Na Missa Tridentina não se pode fazer barulho nem conversar. O ideal é o silêncio. Há várias orações feitas apenas pelo padre e outras junto com os fiéis.
8- As vestimentas dos fieis são sempre sóbrias e formais. Ninguém pode ir de camiseta e bermuda como na Missa nova. As mulheres casadas usam um véu preto e as solteiras véu branco.
9- A Santa Comunhão é dada somente pelo padre. E o fiel a recebe sempre de joelhos e na boca. Em Missas com muitas pessoas, costumam atender dois padres.
10- As igrejas onde se rezam estas Missas são antigas e tradicionais (normalmente) construídas em forma de cruz, com o altar ao fundo, já pensado para o tipo de Missa. É comum encontrar nessas igrejas linda ornamentação e com muitos santos espalhados por todo o ambiente.
11- A beleza e estética das igrejas antigas levam a serem muito procuradas para casamentos e batizados para belas fotos de recordação.
A questão do latim
Como já foi mencionado no início, o latim não representa nenhum entrave para a participação na Missa, já que o fiel pode comprar o livrinho "Ordinário da Santa Missa" ou mesmo o "Missal Romano Quotidiano", muito mais completo, para seguir a Santa Missa. Quem não tem o livrinho, também não enfrenta nenhum problema, é só acompanhar o que as outras pessoas estão fazendo.
Com o constante uso e frequência da Santa Missa, o latim vai ficando cada vez mais fácil para qualquer pessoa. Lembremos que para nós de língua portuguesa e também os outros idiomas que surgiram do latim, as coisas são bem mais fáceis, pois identificamos de imediato muitas palavras parecidas ou até iguais ao português. Talvez seja mais difícil para uma pessoa cujo idioma natal não venha do latim, como o inglês, por exemplo.
O latim, era o idioma dos romanos, e por isso se espalhou pelas diversas províncias conquistadas por eles (por toda a Europa) e assim levando a Santa Missa dessa forma. Com a transformação das línguas, o latim original caiu em desuso na vida cotidiana, mas permaneceu na Igreja como uma espécie de idioma oficial. Isto preservou toda a tradição da Igreja, incluindo a Santa Missa.
Assim, participar da Santa Missa em latim, é como estar num mundo próprio longe das confusões desse mundo moderno. É como estar junto com todos os santos do passado, que tantas vezes frequentaram essa mesma Santa Missa, que se ajoelharam nesses mesmos tipos de igrejas, ornamentadas, em forma de cruz. Que receberam a hóstia na boca de padres vestidos com os mesmos paramentos que estes. É um pedacinho do céu perene onde o tempo não conta. Só Deus conta, e muito, pois depois de cada Santa Missa, a pessoa não sai correndo, mas fica por vários minutos em oração e agradecimento ao Senhor, por ter preservado para nós esta riqueza tão grande, inspirada pelo Espirito Santo nos primeiros séculos e continuada até nossos dias. (Redação: "Vida e Fé Católica)
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