Um pecado esquecido durante a confissão; mesmo assim está perdoado?

09/01/2022

Pode acontecer que uma pessoa por mais arrependida e preparada para a confissão, no momento esqueça de algum pecado, até mesmo de um pecado mortal. Isto ocorre quando faz muito tempo que a pessoa não se confessa ou por algum motivo de tensão ou distração.

Pode acontecer também entre as pessoas de mais idade que por natureza vão ficando esquecidas. De toda maneira, o pecado lembrado depois está perdoado. Mas o Catecismo de São Pio X lembra que uma vez lembrado o pecado, este deve ser confessado na primeira ocasião que for possível confessar.

O Catecismo de São Pio X, menciona alguns outros fatos sobre a confissão. Alguns trechos entre o número 740 e 792 esclarecem:

749) Se uma pessoa não tiver a certeza de ter come tido um pecado, deve confessá-lo?
Se uma pessoa não tiver a certeza de ter cometido um pecado, não é obrigada a confessá-lo; se porém o quiser acusar, deverá acrescentar que não tem a certeza de o ter cometido.

751) Quem deixou de confessar por esquecimento um pecado mortal, ou uma circunstância necessária, fez uma boa confissão?
Quem deixou de confessar por esquecimento um pecado mortal, ou uma circunstância necessária, fez uma boa confissão, contanto que tenha empregado a devida diligência no exame de consciência.

752) Se um pecado mortal esquecido na confissão volta depois à lembrança, somos obrigados a acusá-lo noutra confissão?
Se um pecado mortal esquecido na confissão volta depois à lembrança, somos obrigados, sem dúvida, a acusá-lo na primeira vez que de novo nos confessarmos.

753) Quem, por vergonha ou por outro motivo culpável, cala voluntariamente na confissão algum pecado mortal, que comete?
Quem, por vergonha, ou por qualquer outro motivo culpável, cala voluntariamente algum pecado mortal na confissão, profana o Sacramento e por isso torna-se réu de gravíssimo sacrilégio. Sobre o fato  do Padre não dar a penitencia o número 1460 do já referido Catecismo esclarece:

1460. Se o padre não dá a penitência no final da confissão, o que acontece? Como fica?
A penitência que o confessor impõe deve ter em conta a situação pessoal do penitente e procurar o seu bem espiritual. Deve corresponder, quanto possível, à gravidade e natureza dos pecados cometidos. Pode consistir na oração, num donativo, nas obras de misericórdia, no serviço do próximo, em privações voluntárias, sacrifícios e, sobretudo, na aceitação paciente da cruz que temos de levar. Tais penitências ajudam-nos a configurar-nos com Cristo, que, por Si só, expiou os nossos pecados uma vez por todas. Tais penitências fazem que nos tornemos co-herdeiros de Cristo Ressuscitado, «uma vez que também sofremos com Ele». (Redação "Vida e Fé Católica)