E é aí que eu desenho minha bainha e digo a ele que não há maior prova de pecado original do que qualquer criança, porque sendo inocente, pura, ingênua e, portanto, boa, basta que ela veja seu irmãozinho ou amigo com um brinquedo que eles querem, mesmo que tenham outro e ainda melhor ou mais bonito, para que eles imediatamente cobiçam e cobiçam. E vá até ele e tire sem uma palavra, ou quando a criança puxa as tranças da irmãzinha pelo simples prazer de vê-la chorar, ou tira os doces do vizinho mesmo que ele tenha o dele.
Há, em cada um desses gestos, aqueles maus gestos e ações de um ser ingênuo, inocente, puro, não contaminado, a prova da existência do pecado original com o qual todos nascemos, porque se não fosse essa marca de nascença, essa tendência ao mal inato, nenhuma criança pura, ingênua, inocente e não contaminada agiria assim. E não apenas uma vez, pois mesmo que ele seja censurado e punido, ele estará errado em fazê-lo novamente.
Ninguém foi capaz de resistir ao que foi dito. Todos aqueles que discutiram tanto comigo sobre a existência do pecado original permaneceram em silêncio, sabendo que foram derrotados. (Fonte: El Español Digital)