Aquelas pessoas que chegam a
uma verdadeira compreensão do que é a fé católica, logo se dão conta que há um
caminho estreito e difícil a ser seguido, mas que é possível com a ajuda de
Deus.
Percebem também como é larga
e fácil a estrada da perdição. E por isso mesmo é por onde anda a maioria.
A primeira vista, tem-se a
impressão de que os católicos são todos iguais. Mas sabemos que não é assim.
Normalmente tem-se a ideia de que há dois grupos básicos; os praticantes e os
não praticantes.
Entre os praticantes há
também divisões, aqueles que seguem pelo caminho estreito e os que seguem pelo
caminho largo e fácil. Por exemplo aqueles que trilham pelo caminho da teologia
da libertação, cujo fim é o bem estar terreno e não o as coisas do céu. Mesmo
assim, são católicos praticantes. Frequentam as missas, se confessam, mas não
tiram os olhos das coisas do mundo.
Aqueles que finalmente
descobrem o caminho estreito, logo percebem que seguir por tal caminho é algo
muito semelhante a ser um religioso conventual. Pois embora vivendo no mundo, a
fé e a dedicação deve ser a mesma. Só que mais difícil, pois enquanto o religioso
está de certa forma a maior parte do tempo afastado do mundo, este está
mergulhado no mundo em sua vida diária sujeita a todos os tipos de tentações.
Por isso mesmo é chamado de caminho estreito. Exige uma mudança radical de
vida. Abandono de tudo e todos que levam ao pecado. É viver uma vida santa.
Jesus disse; "sede santos como vosso Pai é Santo".
São Paulo em suas cartas às
diversas comunidades não cansava de incentiva-los a uma vida santa. Eis um
trecho de sua carta aos Efésios:
"Portanto digo e afirmo no
Senhor. Não se comportem mais como os gentios, que vão atrás de seus
pensamentos vazios. A mente deles ficou cega, e estão longe da vida de Deus,
por causa da ignorância que há neles e pela dureza de seus corações. Eles se
tornaram insensíveis e se entregaram à libertinagem e à prática insaciável de
todo tipo de impureza.
Mas não foi isso que vocês
aprenderam sobre Cristo, se é que de
fato vocês o ouviram e foram instruídos segundo a verdade que há em Jesus.
Abandonem o modo como viviam antes, o homem velho que se corrompe com paixões
enganadoras. Que a mentalidade de vocês se renove espiritualmente. Revistam-se
do homem novo, criado segundo Deus, na justiça e santidade da verdade.
Abandonem portanto a
mentira. Cada um diga a verdade a seu próximo, porque somos membros uns dos
outros. Se ficarem irados, não pequem. Que o sol não se ponha sobre a ira de
vocês. E não deem oportunidade ao diabo. Quem roubava não roube mais; antes,
trabalhe com as próprias mãos, fazendo o que é bom, para assim terem o que
repartir com o necessitado. Que da boca de vocês não saia nenhuma palavra que
prejudique, mas palavras boas para edificação no momento oportuno, a fim de que
façam bem para aqueles que as ouvem.
E não entristeçam o Espirito
Santo de Deus, com o qual vocês estão marcados para o dia da redenção. Afastem
de vocês toda amargura, ira, cólera, gritaria, difamação e todo tipo de
maldade. Sejam bons e misericordiosos uns com os ouros, como também Deus
perdoou a vocês em Cristo". (Efésios 4,15-17) São várias as outras passagens em
que São Paulo praticamente faz um comparativo entre o caminho largo e o
estreito. Se o que desejamos é a busca de Deus e portanto da santidade, não há
outro caminho senão o estreito, por isso mesmo o nosso grande símbolo é a cruz.
E é a cruz que vamos encontrar por esse caminho como disse Jesus; "Tome a sua
cruz e siga-me".
Conclui-se que não podemos
nos contentar em ser apenas católicos praticantes, ir à Santa Missa todos os
domingos, rezar, confessar...Por acaso isso também o fazem aqueles bispos que
planejam coisas absurdas através do sínodo como sacerdócio feminino, benção de
LGBTs, comunhão aos que vivem em segundo casamento, fim do celibato dos padres
e muito mais.
Assim, o católico praticante vê que não basta
declarar-se 'praticante'; é necessário ir muito mais além. É necessário cada um
pegar sua cruz e tomar o caminho estreito.
É muito gratificante
verificar-se que na idade média, grande número de pessoas viviam uma vida
voltada primeiramente a Deus. Tudo girava entorno da religião e Deus era o
centro de tudo e não o homem. Por isso mesmo foi um período rico em santos e
santas.
Hoje o chamamento é o mesmo,
mas o homem moderno cego pelo demônio não percebe e acaba enveredando pelo
caminho largo que é o da perdição.
Para aqueles que querem
seguir com mais segurança e orientação o caminho estreito há várias soluções.
Pode por exemplo procurar um bom diretor espiritual, (que não seja da teologia
da libertação), pode ainda entrar para as ordens terceiras de algumas das
ordens tradicionais e viver como terciário, que é um ramo dessas ordens para
quem vive no mundo.
Muitos leigos foram santos e
todos são chamados à santidade. Hoje, apesar de passarmos todo o tempo sendo
bombardeados pelos atrativos do mundo e da carne, temos mais facilidade do que
no passado. Temos acesso a milhares de boas informações pela internet, de
padres e de leigos que se dedicam a informar através desse meio os caminhos da
santidade. Portanto, ninguém tem desculpa para ser apenas um católico de Missa,
e esquecer da prática no dia a dia. (Redação "Vida e Fé Católica")