Em uma entrevista reveladora com o jornalista Jonas Danner
Müller adverte sobre possível cisma se um papa ortodoxo não for eleito
"A questão não é entre conservadores e liberais, mas entre ortodoxia e heresia"

O cardeal Gerhard Müller garantiu que a Igreja Católica enfrenta o risco de um cisma se o próximo papa seguir a linha liberal promovida nos últimos tempos. O cardeal expressou como vê a situação atual da Igreja em uma entrevista com o jornalista Tom Kington do jornal britânico The Times, realizada em seu apartamento localizado a poucos metros do Vaticano.
(Na véspera do conclave que elegerá o sucessor de Francisco, Müller disse ao The Times que "a Igreja não é um jogo de poder como o mostrado naquele filme", referindo-se ao recente filme Conclave, que ele chamou de irrelevante para a realidade do processo eleitoral papal.
Ele disse que falará nas congregações gerais, que começarão após o funeral do papa, porque acredita que "deve isso à sua consciência". Como ele explicou, "a alternativa seria uma Igreja que corre o risco de se dividir em duas se um papa ortodoxo não for eleito".
O catolicismo não é obediência cega ao Papa
O cardeal assegurou que "nenhum católico é obrigado a obedecer a uma doutrina errônea" e acrescentou que "o catolicismo não consiste em obedecer cegamente ao Papa sem respeitar as Sagradas Escrituras, a tradição e a doutrina da Igreja".
Müller disse ao The Times que discordava de algumas decisões tomadas durante o pontificado de Francisco, como a bênção de casais do mesmo sexo autorizada em 2023. Embora o Vaticano tenha apontado que a medida não implicava a aprovação do casamento homossexual, Müller sustenta que "era obviamente contrário à doutrina da Igreja" e defende que "Deus instituiu o casamento entre um homem e uma mulher".
Contra o pacto com a China
Ele também criticou o conceito de "fraternidade" entre católicos e muçulmanos, enfatizando que "os católicos são irmãos e irmãs em Cristo". Em relação à política externa do Vaticano, ele questionou o acordo com a China sobre a nomeação conjunta de bispos e o comparou à política de apaziguamento em relação aos regimes totalitários da década de 1930: "Você não pode fazer pactos com o diabo", disse ele.
O cardeal declara na entrevista que o próximo papa não deve "buscar o aplauso do mundo secular, que vê a Igreja como uma organização humanitária que faz trabalho social". Em sua opinião, o futuro pontífice deve se concentrar na "verdade revelada».
Influência da mídia
Ele também alertou sobre a influência da mídia na percepção dos cardeais eleitores: "Existe o risco de que eles digam: 'Devemos continuar'". Em vez disso, ele indicou que os eleitores "têm a responsabilidade de eleger um homem que seja capaz de unificar a Igreja na verdade revelada".
Rejeitando rótulos de "liberal" ou "conservador", Müller observou que "a questão não é entre conservadores e liberais, mas entre ortodoxia e heresia". E concluiu com uma advertência: "Rezo para que o Espírito Santo ilumine os cardeais, porque um papa herético que muda todos os dias de acordo com o que a mídia diz seria catastrófico". (Fonte: INFOCATOLICA)
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