Conheça a caridade segundo Santa Teresinha
A caridade tem acompanhado os santos em todos os tempos. Não há santo sem caridade. Sendo um mandamento; "Amarás o teu próximo como a ti mesmo", é indispensável não só para os santos como também para todas as pessoas que querem salvar sua alma.
No passado a caridade era indispensável e pratica comum entre quase todas os cristãos. Nos dias atuais, muitas pessoas nem sequer sabem que ela existe.
As pessoas muito abastadas passam longe da caridade. Umas não tem tempo, outras andam longe de quem precisa de algo e há ainda um grupo que pensa fazer caridade ajudando entidades. Mas a caridade é muito mais que isto.
As pessoas normais, que levam uma vida simples, que trabalham, quando católicos praticantes, certamente praticam a caridade pois tem conhecimento de sua grande necessidade.
Deus usa de quem precisa por um lado para ajuda-lo, por outro para testar a caridade de muitos. Se não houvesse necessitados, não haveria como fazer a caridade.
Como foi dito; a caridade cobre uma multidão de pecados. O pecador encontra muitas oportunidades para a caridade quando é guiado pelo Senhor para que a pratique.
O pedinte, sabe exatamente a quem pedir. Tem-se a ideia de que ele é dirigido. Ele aparece no momento certo à pessoa que precisa fazer a caridade. E ao contrário, parece invisível para aquelas que vivem longe de Deus.
Por isso, quem possui a caridade possui também a graça, e, por tanto, participa da vida de Deus. "Quem está em caridade está em Deus e Deus está nele" (Ib. 4, 16); e, como ensina Santo Tomás, " a caridade... de tal maneira une a Deus o afeto do homem, que já o homem não vive para si mesmo, se não para Deus" (II-II q. 17, a. 6, ad3).
O catolicismo é a religião que mais tem praticado a caridade através dos séculos. Ao contrário, os evangélicos, creem que apenas a fé salva, portanto descartam as obras e assim vivem longe da caridade.
Santa Teresinha, veio de uma família abastada, mas que era caridosa. Ela nos deixou por escrito que a caridade não é só ajudar ao pobre de uma forma material; mas está presente em todas nossas atitudes e onde estivermos.
Diz a Santa em certa ocasião:
"Compreendo, agora, que a caridade perfeita consiste em suportar as faltas dos outros, em não se admirar com suas fraquezas, em se edificar com os menores atos de virtude que eles praticam; mas, sobretudo, compreendi que a caridade não deve ficar fechada no fundo do coração: ninguém, disse Jesus, acende uma lâmpada para po-la debaixo do alqueire, mas sobre o candelabro, a fim de que ilumine a todos que estão em casa. Parece-me que essa lâmpada representa a caridade que deve iluminar e alegrar, não somente os que me são mais caros, mas todos aqueles que estão em casa, sem excetuar ninguém."
A caridade é também suportar aquelas pessoas difíceis sem responder-lhes com agressividade, o que é muito comum em nossos dias. Eis um exemplo deixado pela Santa:
"Há na comunidade uma irmã que tem o talento de me desagradar em todas as coisas; suas maneiras, suas palavras, seu caráter parecem-me muito desagradáveis. Contudo, é uma santa religiosa, que deve ser muito agradável ao bom Deus. Assim, não querendo ceder à antipatia natural que sentia, disse para mim mesma que a caridade não devia consistir nos sentimentos, mas nas obras, então me pus a fazer por essa irmã o que faria pela pessoa que mais amo. Cada vez que a encontrava, rezava por ela ao bom Deus, oferecendo-lhe todas suas virtudes e seus méritos".
Assim, fica bem claro, que a caridade é o nosso teste diário. Não só na quantidade de pessoas necessitadas que devemos ajudar mas na paciência com que devemos tratar nosso próximo em todos os momentos.
Por isso mesmo o rico não pode apresentar a desculpa de "nunca ter se encontrado com nenhum necessitado". Sua caridade deve ser a paciência e a bondade com aqueles com quem convive. Santa Teresinha passou sua vida inteira no convento, portanto longe de pessoas necessitadas, entretanto; nunca faltou com quem e como praticar a caridade durante toda sua vida. (Da Redação) Deixe seu comentário! Compartilhe! Obrigado!