Como escolher um bom livro católico

22/04/2023

Tanto hoje como no passado, o valor do livro católico é inestimável. Muitas foram as pessoas que a partir da leitura de um livro, se converteram e até se tornaram santos.

Muitos dos santos e santas doutores da igreja foram grandes leitores. Isto numa época em que livros eram raros e caros, eles sempre davam um jeito de consegui-los. Os monges, em seus monastérios, copiavam os livros deixando para o futuro um legado impresindível de conhecimentos.

Na atualidade, apesar de que há muitos outros meios de comunicação mais rápidos e fáceis que o livro, por exemplo assistir a um vídeo, ouvir um podcast ou mesmo a leitura através do computador ou do smartphone, o livro continua atual. Não há leitura melhor do que a de um livro. Nas informações informatizadas, a pessoa lê ou assiste algo, mas parece que aquilo não lhe pertence. O leitor está como que de passagem por esses meios. Enquanto que no livro, este é guardado, muitas vezes com muito cuidado. O livro, ao contráio da internet, se torna num bem precioso que deve ser preservado como testemunha de que o leitor de apropriou daquelas informações e que as pode rever a qualquer momento.

Os livros são responsáveis por todo o saber da tradição católica, isto porque até pouco tempo os meios informatizados não existiam. Assim, é natural que todo católico sempre busque um bom livro para sua informação ou formação.

Mas a escolha de um bom livro nem sempre é fácil. Há nas livrarias católicas uma enorme quantidade de livros cuja edição busca apenas o aspecto financeiro. São leituras que muitas vezes nada acrescentam e outras fazem o leitor desanimar logo no começo. Normalmente são os livros escritos na atualidade.

Assim, fica a pergunta; como escolher um bom livro?

Partimos do pre suposto que a pessoa que busca um livro, deseja através do mesmo um enriquecimento para sua alma. Assim, vamos enumerar as qualidades de alguns tipos de livros.

1-Livros escritos pelos santos.

Estes são os melhores pois permite um contato direto com a fonte, com a pessoa que viveu aquela vida de santidade, de como chegou a tal ponto e pelo que passou para atingir tal meta. Serve-nos de inspiração e são responsáveis por grande quantidade de conversões verdadeiras. São conhecidos como grandes clássicos. Por exemplo "As Confissões" de Santo Agostinho, os livros de Santa Teresa de Jesus como "Livro da Vida", "Caminho de Perfeição", "Castelo Interior", os livros de São João da Cruz, Santa Catarina de Siena, São Tomaz de Aquino, São Francisco, Santo Inácio de Loyola, Santa Teresinha do Menino Jesus e muitos outros. Quem lê esses livros inevitavelmente será conquistado e convertido.

Há muitas pessoas que são católicas desde a infância, mas não convertidas. Há uma diferença. Há católicos que frequentam a igreja aos domingos, se confessam uma vez por ano, rezam, mas não tem noção do que é o estado de graça, ou seja, estes estão sempre cometendo pecados veniais em quantidade, que por sua vez, acabam levando aos pecados mortais.

O convertido verdadeiro, que normalmente se dá depois da leitura de um bom livro, ou vários, muda totalmente de vida, passa a evitar inclusive os pecados veniais, se conforma com o que Deus lhe dá, deixa as coisas do mundo, não coloca o amor as criaturas acima do amor a Deus. Mesmo no mundo, essa pessoa passa a viver como um religioso. Se confessa com frequência e participa da eucaristia assiduamente, foge das ocasiões de pecado, procura cada vez mais se aprofundar nas coisas de Deus enquanto que ao mesmo tempo se distancia das coisas do mundo.

2- Biografia dos santos.

Este é o segundo grupo de livros que promove grande espiritualidade em quem lê. Através de bons autores, principalmente os mais antigos, a alma é levada a conhecer a vida dos santos e sua espiritualidade. Isto leva o leitor a querer mudar de vida e seguir o exemplo daquele santo ou santa. Conhece a história e os sofrimentos enfrentados e percebe que a santidade é possível a todos com a graça de Deus, pois Jesus nos chamou à santidade. É bem conhecido o clássico "Os Santos Que Abalaram O Mundo", de René Fulop Miller, que apresenta as histórias de Santo Antão, Santo Agostinho, São Francisco, Santo Inácio e Santa Teresa de Jesus. Enfim, há uma quantidade muito grande desses tipos de livros. A única recomendação é que se escolha autores antigos e fujam dos modernos.

3- Clássicos do catolicismo

Neste grupo de livros, que se incluem inclusive os já mencionados, há segurança de uma excelente leitura, com inspiração para uma conversão verdadeira. Pode-se incluir por exemplo todos os pais da Igreja, e livros como "Imitação de Cristo", A Didaquê e muitos outros clássicos, alguns inclusive escritos por santos. Por exemplo, os pais da igreja; São Clemente, São Policarpo e o próprio Santo Agostinho entre outros, são grandes resposáveis por grande conversão de evangélicos, inclusive aqueles que nasceram dentro do protestantismo, incluindo até muitos pastores. Isto porque, o evangélico que se dispõe a ler a história da igreja, inevitavelmente cai nos pais da igreja, e logo percebe que esta era católica desde o início.

4- Os livros de história da igreja

Muitos bons para aprofundamento de conhecimentos. Pode-se ler também a história dos papas, dos concílios e semelhantes.

Além dessas ideias anteriores, podemos também mencionar algo que pode ajudar na escolha. A grossura do livro é importante, quanto mais grosso melhor. Ninguém escreve algo importante em quatro folhas. A antiguidade da obra também conta. Quanto mais antigo melhor. Fugir de livros modernos, de escritores muito conhecidos da mídia. Estes, por serem uma espécie de ídolo; aqueles que aparecem na TV, como alguns padres, etc. são procurados pelas editoras pois o que vende não é o conteúdo de seus livros, mas a figura do autor. Alguns são bons comunicadores, cantores ou algo parecido, mas não quer dizer que sejam grandes escritores e de grande espiritualidade. Claro que há raras exceções.

Quem busca um livro, busca aprimorar sua espiritualidade, então deve estar atento aos livros que não levam a busca de Deus para a alma, mas sim a busca do bem estar neste mundo. É o caso dos autores modernos da teologia da libertação. Para fugir disso, autores antigos, quando ainda não existia essa teologia são a garantia.

Quem tem dúvida do que escolher e o que ler, pode participar de "Minha Biblioteca Católica", uma editora que a cada mês envia ao assinante um excelente livro, tanto na qualidade visual quanto na boa escolha, que muito tem ajudado as pessoas em sua espiritualidade. Esta editora faz do livro católico uma verdadeira obra de arte em sua apresentação visual com a vantagem de um valor bem acessível e de chegar pelo correio. O livro vem acompanhado por estampa do santo, marcador de página, novena e um folheto ou pequeno livro com muitos detalhes sobre o santo abordado ou o assunto, uma espécie de guia para a leitura. (Redação "Vida e Fé Católica")   

1. O Advento foi inventado pelos espanhóis. Para que depois digam que não inventamos nada. Os primeiros dados históricos relativos a um período de preparação para o Natal podem ser encontrados nos atos do Concílio de Saragoça, no ano 380. Durante os dias de 17 a 25 de dezembro, os cristãos deveriam frequentar a igreja todos os dias, preparando-se...