Tanto hoje como no passado, o valor do livro
católico é inestimável. Muitas foram as pessoas que a partir da leitura de um
livro, se converteram e até se tornaram santos.
Muitos dos santos e santas doutores da igreja
foram grandes leitores. Isto numa época em que livros eram raros e caros, eles
sempre davam um jeito de consegui-los. Os monges, em seus monastérios, copiavam
os livros deixando para o futuro um legado impresindível de conhecimentos.
Na atualidade, apesar de que há muitos outros
meios de comunicação mais rápidos e fáceis que o livro, por exemplo assistir a
um vídeo, ouvir um podcast ou mesmo a leitura através do computador ou do
smartphone, o livro continua atual. Não há leitura melhor do que a de um livro.
Nas informações informatizadas, a pessoa lê ou assiste algo, mas parece que
aquilo não lhe pertence. O leitor está como que de passagem por esses meios.
Enquanto que no livro, este é guardado, muitas vezes com muito cuidado. O
livro, ao contráio da internet, se torna num bem precioso que deve ser
preservado como testemunha de que o leitor de apropriou daquelas informações e
que as pode rever a qualquer momento.
Os livros são responsáveis por todo o saber da
tradição católica, isto porque até pouco tempo os meios informatizados não
existiam. Assim, é natural que todo católico sempre busque um bom livro para
sua informação ou formação.
Mas a escolha de um bom livro nem sempre é
fácil. Há nas livrarias católicas uma enorme quantidade de livros cuja edição
busca apenas o aspecto financeiro. São leituras que muitas vezes nada
acrescentam e outras fazem o leitor desanimar logo no começo. Normalmente são os
livros escritos na atualidade.
Assim, fica a pergunta; como escolher um bom
livro?
Partimos do pre suposto que a pessoa que busca
um livro, deseja através do mesmo um enriquecimento para sua alma. Assim, vamos
enumerar as qualidades de alguns tipos de livros.
1-Livros escritos pelos santos.
Estes são os melhores pois permite um contato
direto com a fonte, com a pessoa que viveu aquela vida de santidade, de como
chegou a tal ponto e pelo que passou para atingir tal meta. Serve-nos de
inspiração e são responsáveis por grande quantidade de conversões verdadeiras.
São conhecidos como grandes clássicos. Por exemplo "As Confissões" de Santo
Agostinho, os livros de Santa Teresa de Jesus como "Livro da Vida", "Caminho de
Perfeição", "Castelo Interior", os livros de São João da Cruz, Santa Catarina
de Siena, São Tomaz de Aquino, São Francisco, Santo Inácio de Loyola, Santa Teresinha do Menino Jesus e muitos
outros. Quem lê esses livros inevitavelmente será conquistado e convertido.
Há muitas pessoas que são católicas desde a
infância, mas não convertidas. Há uma diferença. Há católicos que frequentam a
igreja aos domingos, se confessam uma vez por ano, rezam, mas não tem noção do
que é o estado de graça, ou seja, estes estão sempre cometendo pecados veniais
em quantidade, que por sua vez, acabam levando aos pecados mortais.
O convertido verdadeiro, que normalmente se dá
depois da leitura de um bom livro, ou vários, muda totalmente de vida, passa a
evitar inclusive os pecados veniais, se conforma com o que Deus lhe dá, deixa
as coisas do mundo, não coloca o amor as criaturas acima do amor a Deus. Mesmo
no mundo, essa pessoa passa a viver como um religioso. Se confessa com
frequência e participa da eucaristia assiduamente, foge das ocasiões de pecado,
procura cada vez mais se aprofundar nas coisas de Deus enquanto que ao mesmo
tempo se distancia das coisas do mundo.
2-
Biografia dos santos.
Este é o segundo grupo de livros que promove
grande espiritualidade em quem lê. Através de bons autores, principalmente os
mais antigos, a alma é levada a conhecer a vida dos santos e sua
espiritualidade. Isto leva o leitor a querer mudar de vida e seguir o exemplo
daquele santo ou santa. Conhece a história e os sofrimentos enfrentados e percebe
que a santidade é possível a todos com a graça de Deus, pois Jesus nos chamou à
santidade. É bem conhecido o clássico "Os Santos Que Abalaram O Mundo", de René
Fulop Miller, que apresenta as histórias de Santo Antão, Santo Agostinho, São
Francisco, Santo Inácio e Santa Teresa de Jesus. Enfim, há uma quantidade muito
grande desses tipos de livros. A única recomendação é que se escolha autores
antigos e fujam dos modernos.
3- Clássicos do catolicismo
Neste grupo de livros, que se incluem
inclusive os já mencionados, há segurança de uma excelente leitura, com
inspiração para uma conversão verdadeira. Pode-se incluir por exemplo todos os
pais da Igreja, e livros como "Imitação de Cristo", A Didaquê e muitos outros
clássicos, alguns inclusive escritos por santos. Por exemplo, os pais da
igreja; São Clemente, São Policarpo e o próprio Santo Agostinho entre outros,
são grandes resposáveis por grande conversão de evangélicos, inclusive aqueles
que nasceram dentro do protestantismo, incluindo até muitos pastores. Isto
porque, o evangélico que se dispõe a ler a história da igreja, inevitavelmente
cai nos pais da igreja, e logo percebe que esta era católica desde o início.
4- Os livros de história da igreja
Muitos bons para aprofundamento de
conhecimentos. Pode-se ler também a história dos papas, dos concílios e
semelhantes.
Além dessas ideias anteriores, podemos também
mencionar algo que pode ajudar na escolha. A grossura do livro é importante,
quanto mais grosso melhor. Ninguém escreve algo importante em quatro folhas. A
antiguidade da obra também conta. Quanto mais antigo melhor. Fugir de livros
modernos, de escritores muito conhecidos da mídia. Estes, por serem uma espécie
de ídolo; aqueles que aparecem na TV, como alguns padres, etc. são procurados
pelas editoras pois o que vende não é o conteúdo de seus livros, mas a figura
do autor. Alguns são bons comunicadores, cantores ou algo parecido, mas não
quer dizer que sejam grandes escritores e de grande espiritualidade. Claro que
há raras exceções.
Quem busca um livro, busca aprimorar sua
espiritualidade, então deve estar atento aos livros que não levam a busca de
Deus para a alma, mas sim a busca do bem estar neste mundo. É o caso dos
autores modernos da teologia da libertação. Para fugir disso, autores antigos,
quando ainda não existia essa teologia são a garantia.