De acordo com Monsenhor Schneider, o próximo pontífice terá que esclarecer a doutrina católica sobre "as questões que causaram mais confusão" nos últimos anos, especialmente em questões de moralidade sexual, casamento, masculinidade do clero e relativismo.
Atos espirituais: oração, jejum e esmola

Toda a tradição cristã sublinhou o valor penitencial da oração, da esmola e do jejum. Já no Antigo Testamento lemos: "A oração sincera é louvável, e a esmola feita com justiça vale mais do que a riqueza obtida com a injustiça. A esmola liberta da morte e purifica de todo pecado. Quem dá esmola e é honesto receberá a vida superabundante» (Tb 12, 8-9), porque a Bíblia e a Tradição sempre viram na oração a esmola e o jejum actos de grande valor penitencial.
Por Pedro Trevijano
O valor penitencial da oração é constantemente mencionado na Sagrada Escritura. Na oração que Jesus nos ensinou, pedimos ao Pai que nos perdoe os nossos pecados (cf. Mt 6, 12). É importante ter presente que o Senhor nos faz rezar no plural, indicando-nos claramente que a intenção e a eficácia da oração penitencial do cristão não se reduzem ao nível da relação pessoal com Deus, mas olham também para as necessidades dos irmãos. Jesus mostra-nos também a eficácia do humilde pedido de perdão (Lc 18, 13-14), uma oração que pode obter-nos a graça da contrição perfeita, que restaura a amizade entre Deus e o pecador.
Uma das principais formas de oração é ouvir a Palavra de Deus. A leitura ou escuta da Palavra de Deus não só leva ao aprofundamento da nossa fé, mas também produz o perdão dos pecados menores por parte de Deus, como sabe a liturgia, na qual o sacerdote diz após a leitura do Evangelho: "Per evangelica dicta, deleantur nostra delicta". Isso, é claro, não deve ser entendido como se, lendo as Escrituras, os pecados fossem automaticamente perdoados de maneira mágica, mas significa que Deus perdoa os pecados porque o homem ouve sua Palavra com fé e a deixa chegar ao seu coração, respondendo nossas ações a essa Palavra. Quem ouve esta palavra de graça e a aceita obtém o perdão de sua culpa diante de Deus.
A Escritura nos ensina o valor da oração dos justos pelo perdão dos pecados. É assim que Abraão reza por Abimeleque (Gn 20,17), e mesmo antes disso, embora seja muito otimista sobre o número de justos, ele tenta interceder por Sodoma e Gomorra (Gn 18,23-32). Moisés tem um valor especial como intercessor pelo seu povo infiel: assim ele implora a Deus que perdoe Arão e Maria (Nm 12,13), ou o povo que adora o bezerro de ouro (Êx 32,11-14), ou murmura sobre a direção divina (Nm 21,7).
No Novo Testamento, a Epístola aos Hebreus apresenta Jesus como o grande sacerdote intercessor por seu povo (Hb 4:14; 7:25). Encontramos esta intercessão também nos escritos joaninos (Jo 16, 26; 1 Jo 2, 1), enquanto Mc 9, 29 sublinha o valor da oração, quando declara que certos demónios só podem ser expulsos pela oração. O valor da oração de intercessão dos justos é enfatizado em Mt 18:19-20 e Tiago 5:16.
O homem ocidental de hoje tem pouco apreço pelo jejum, pois muitas vezes o considera prejudicial à saúde e não está convencido de sua utilidade para a vida espiritual. A Sagrada Escritura, especialmente o Antigo Testamento, coloca-a ao lado da oração e da esmola, como prática penitencial (cf. 1 Rs 21, 27; Dn 9:3-5; Mt 6, 16-18), e até Jesus fala aos seus discípulos de uma classe de demónios que só é expulsa pelo jejum e pela oração (Mt 17, 21).
O jejum é um gesto religioso que destaca nossa dependência de Deus e nossa entrega em Suas mãos. O livro de Jonas faz-nos ver o seu valor penitencial, sendo também um meio eficaz de progresso espiritual, enquanto a ascese sublinha que o jejum ajuda o homem a controlar as suas paixões e a lutar contra o pecado.
A ascese cristã é essencialmente uma disciplina da vida interior, que pode envolver exercícios corporais como o jejum. São Paulo considera o ascetismo como uma luta esportiva para alcançar uma coroa incorruptível (1 Cor 9:24-25). A mortificação e a penitência diferem em seu propósito: a mortificação busca o autocontrole e o autocontrole, especialmente diante de tendências desordenadas; A penitência tenta expiar o pecado pessoal e suas consequências. Jejuar para se controlar é mortificação, jejuar para expiar é penitência.
A mortificação não é feita como autopunição, mas para fortalecer o amor de Deus e alcançar a verdadeira liberdade espiritual, impondo voluntariamente limites ao gozo das facilidades externas. A penitência não é a destruição da pessoa, mas a promoção e realização da pessoa no melhor sentido. As irregularidades de nossa conduta, os defeitos de nosso caráter e as falhas de nossa natureza não podem ser corrigidas sem a virtude da penitência, e tanto a penitência quanto a mortificação nos ajudam a ser mais livres, a comandar mais e melhor em nós mesmos.
Quanto à esmola, a mera materialidade da obra não move Deus, sem o qual nada podemos fazer. Ele é movido pelo que está dentro da obra, ou seja, pela reta intenção que ele expressa (Mt 6,3-4; Lc 11, 4). A melhor esmola é dar os bens que mais seriamente guardamos para nós mesmos, que para muitos podem não ser dinheiro, mas nosso tempo. Não dar nosso tempo ao próximo e a Deus, junto com a libertinagem, talvez sejam os maiores vícios da atualidade.
A esmola é contrária ao egoísmo pecaminoso e, portanto, nos prepara para receber as graças que Deus quer nos dar. Os atos materiais não nos purificam diretamente, mas, por causa da unidade da pessoa, servem a vida do espírito e lhe prestam ajuda, porque é na vida interior que reside a relação com Deus, e onde se realiza a verdadeira purificação, o objetivo da penitência. (Fonte: INFOCATOLICA)
Final do Pontificado com pouco Jubileu
Tanto eclesiástica quanto civilmente, Roma está longe de experimentar um clima jubilar. "Este é o triste fim de um pontificado", disse um fiel jesuíta americano, que implorou anonimato para evitar represálias, "cujo melhor serviço à Igreja será cair no esquecimento definitivo". Vestido de padre, com um discurso lento e categórico, o jovem sacerdote...