Com o chapéu de cardeal para o padre Timothy Radcliffe, pregador do Sínodo sobre a Sinodalidade e um ardente defensor de mudanças na moralidade sexual da Igreja, Francisco está enviando uma mensagem desconcertante.
A Santa Missa Tridentina encantou os católicos e os santos através dos séculos
A Santa Missa Tridentina, também chamada Missa de sempre, foi por muitos séculos um pedacinho do céu na terra. Local de recolhimento, oração fervorosa e comportamento exemplar dos participantes. Um mundo distante, mas ainda possível em nossos dias como lembrança saudosa dos tempos em que os homens viviam para Deus e não para o mundo.
A Missa Tridentina, leva este nome porque foi organizada a partir do Concilio de Trento em 1570 pelo Papa São Pio V. Mas na realidade, já vinha sendo usada desde os primeiros séculos do cristianismo, conhecida como Missa Romana.
"E a fim de que todos, e em todos os lugares, adotem e observem as tradições da Santa Igreja Romana, Mãe e Mestra de todas as Igrejas, decretamos e ordenamos que a Missa, no futuro e para sempre, não seja cantada nem rezada de modo diferente do que esta, conforme o Missal publicado por Nós» (Bula Quo primum tempore, do Papa São Pio V em 1570, § 4, 5 e 6).
Embora o Papa São Pio V tenha ordenado que esta Missa fosse usada para sempre, na década de 1960, logo após o Concílio Vaticano II, Paulo VI organiza a Missa Nova, a que é usada hoje nas igrejas. Esta Missa nova tinha o intuito de modernizar a Igreja, acompanhando os ditames do Concílio recém terminado.
De início, a Missa nova enfrentou grande resistência por ser muito semelhante aos cultos protestantes e permitir a presença de leigos no altar, entre outras coisas. Mas com o passar do tempo, foi aos poucos se firmando, enquanto a Missa Tridentina foi caindo em desuso.
As duas Missas são válidas, entretanto a Missa nova trouxe uma série de embaraços e situações que na Missa Tridentina jamais ocorreriam. Aqui citamos alguns casos. Mas primeiro devemos esclarecer como é a Missa Tridentina para que se perceba que certas coisas nunca aconteceram nem aconteceriam na referida Missa.
1- Na Missa Tridentina quem reza é o padre rogando a Deus pelos fiéis. Há uma divisão física, normalmente uma pequena grade que separa os fieis do altar.
2- No altar fica sempre o crucifixo e hóstias, nunca num local lateral como acontece agora em certas igrejas.
3- O padre reza a missa a maior parte em latim e quase todo o tempo de frente para o altar que fica ao fundo e de costas para os fiéis.
4- Os fieis respondem no momento certo também em latim (podem ler num livrinho) ao padre e o sinal da cruz é feito várias vezes conforme a oração. Também se ajoelham ou ficam sentados ou em pé conforme o momento da Missa.
5- Quem faz as leituras são também o padre. Os fiéis não tem participação no altar. As vezes o padre usa um sacristão (homem) que o auxilia.
6- Os cânticos são sem instrumentos na maioria dos casos. E quando os há, são algo como piano ou órgão.
7- Na Missa Tridentina não se pode fazer barulho nem conversar. O ideal é o silêncio. Há várias orações feitas apenas pelo padre e outras junto com os fiéis.
8- As vestimentas dos fieis são sempre sóbrias e formais. Ninguém pode ir de camiseta e bermuda como na Missa nova. As mulheres casadas usam um véu preto e as solteiras véu branco.
9- A Santa Comunhão é dada somente pelo padre. E o fiel a recebe sempre de joelhos e na boca.
Há muitos outros detalhes. Mas só por aqui já se percebe que nesta Missa não há lugar para todas aquelas manifestações tão nefastas que atingiram a Missa nova, como: instrumentos barulhentos, leigos despreparados para leitura ou outras atividades como cantar parabéns para alguém, pessoas passando sem respeito a todo instante diante do altar, barulho e conversas paralelas, Eucaristia oferecida na mão por leigos, pessoas usando todo tipo de roupas, padres artistas, pessoas que vão à Missa mais interessadas em ver um padre artista que a Missa, etc.
Não bastasse esses pequenos detalhes os piores são: A Missa nova deu lugar à missas sertanejas, missas afro, missas indígenas e ainda possibilitou grandes divisões como teologia da libertação, amplamente divulgada nas missas por seus adeptos e missas carismáticas mais semelhantes a uma verdadeira igreja evangélica.
Os leigos são os grandes responsáveis por deturpar tanto a Missa nova, muitas vezes dominando o padre e as vezes até o ameaçando. Sempre querem criar algo que os agrade e não a Deus.
É claro que há exceções, onde padres sérios e comunidades tradicionais zelam o máximo para que a Santa Missa não seja um show, mas um encontro verdadeiro com o Senhor. Há ainda o caso de católicos fervorosos para os quais não importa o local pois sabem se concentrar. De toda maneira, para quem não tem essa capacidade é recomendado procurar um local mais calmo. Normalmente as capelas das ordens religiosas apresentam um bom ambiente físico para a Santa Missa.
Não foi muito feliz a ideia de Paulo VI com a criação da Missa nova, onde inclusive protestantes foram consultados. Já naquela época o Vaticano pensava em agradar ao mundo.
No papado atual, tenta-se de uma maneira disfarçada e em certos casos explicitamente, acabar com a Missa Tridentina. Essa é rezada em poucas igrejas e com autorização especial. Os padres não querem desagradar seus bispos e os bispos não querem enfrentar o Vaticano.
Uma coisa é certa, o católico tradicional que tem a felicidade de encontrar uma Missa Tridentina sai de cada Missa com um sentimento de felicidade e alegria que parece vindo do céu e fica contando os dias para regressar.
No Brasil ainda se encontram algumas igrejas onde se pode desfrutar desse tesouro que atravessou os séculos, que contagiou os santos do passado com tanta beleza e devoção. Nas grandes capitais são mais fáceis de se encontrar. Em São Paulo, há algumas igrejas como a Capela da Santa Casa de Santo Amaro e a Capela de Santa Luzia e do Menino Jesus no centro da cidade. Sendo que esta tem a Santa Missa Tridentina todos os dias às 8.30h entre outras que podem ser pesquisadas na Internet. (Redação: "Vida e Fé Católica")
Examinemos agora em termos gerais as principais inovações pró-protestantes introduzidas na Missa de Paulo VI, tanto na arquitetura litúrgica quanto no próprio rito.