90% dos bispos alemães adotam uma visão da sexualidade contrária à doutrina católica.

02/07/2025

Gabriele Kuby denuncia uma "recaída no paganismo" e conclama os fiéis a resistirem com coragem e sacrifício. 

Reproduzimos, com permissão, o artigo publicado por Edward Pentin em seu blog, que inclui as advertências da socióloga Gabriele Kuby sobre a deriva doutrinária do episcopado alemão e a urgência de uma resposta fiel a Cristo.

Gabriele Kuby denuncia uma "recaída no paganismo" e conclama os fiéis a resistirem com coragem e sacrifício.

A imposição de diretrizes de educação sexual contrárias à fé católica nas escolas da Arquidiocese de Hamburgo — conforme revelado pelo Registro Católico Nacional — não é um caso isolado. Segundo o sociólogo e escritor católico Gabriele Kuby, quase 90% dos bispos alemães apoiam essas iniciativas, que ensinam às crianças que práticas homossexuais e ideologia de gênero são normais, aceitáveis ​​e devem ser incentivadas.

Dois bispos alemães expressaram publicamente seu apoio a essas abordagens, questionando abertamente os ensinamentos morais da Igreja.

O Bispo Peter Kohlgraf, de Mainz, declarou em um debate televisionado em 20 de junho que os textos bíblicos sobre homossexualidade não devem ser entendidos como verdades eternas:

Sempre interpretarei os textos da Sagrada Escritura sobre homossexualidade em seu contexto histórico e não derivarei deles verdades atemporais.

Por sua vez, o Bispo Heinrich Timmerevers, de Dresden-Meissen, pediu uma revisão da doutrina da Igreja sobre gênero e orientação sexual:

Isso requer uma nova maneira de pensar, que deve se refletir na doutrina da Igreja e no Catecismo.

Ao admitir sua confusão sobre questões de gênero, Timmerevers expressou a esperança de que a doutrina católica sobre antropologia e teoria de gênero evolua, sempre — afirma ele — em diálogo com uma "ciência não ideológica".

"Quando os Pastores Dançam com os Lobos"

Gabriele Kuby denuncia essa ruptura doutrinária em seu livro Não Temas, Pequeno Rebanho: Quando os Pastores Dançam com os Lobos (Fürchte dich nicht du kleine Herde – wenn die Hirten mit den Wölfen tanzen, 2023), no qual aponta a apostasia doutrinária do episcopado alemão, acentuada durante o controverso Caminho Sinodal (2019-2023).

Em seu capítulo final — que reproduzimos abaixo com a permissão da autora — Kuby faz um apelo urgente à fidelidade, ao sacrifício e à coragem, denunciando a "desmoralização da sexualidade" como uma verdadeira recaída no paganismo.

"Linha Direta com o Espírito Santo"

Por Gabriele Kuby

O que levou o Rei Davi a cair e trazer a espada para dentro de sua casa? O desejo por outra mulher. O que levou o Rei Salomão a perder a sabedoria? Setecentas esposas e trezentas concubinas que "desviaram o seu coração". O que custou a São João Batista a sua cabeça? Dizer ao rei que não lhe era lícito tomar a esposa do seu irmão. As consequências da dominação do desejo sexual foram devastadoras, tanto naquela época quanto hoje.

A desmoralização da sexualidade é uma recaída no paganismo, o retorno dos deuses Baal e Astarte. Crianças eram sacrificadas a Moloque; hoje fazemos isso por meio do aborto (73 milhões por ano), abuso, pornografia e prostituição forçada. O profeta Elias arriscou a vida para expor Baal como um falso deus. Hoje, os novos ídolos servem às elites políticas e financeiras, com suas poderosas máquinas midiáticas de manipulação.

Podemos escapar do seu poder se vivermos de acordo com a moral sexual católica: sexo apenas dentro do casamento entre um homem e uma mulher. É mentira que seja prejudicial ou impossível viver a castidade. O próprio Freud reconheceu que a cultura nasce da sublimação do impulso sexual.

Esta é a condição para pertencer ao pequeno rebanho de que Deus cuida. Com arrependimento e perdão, esta vida casta permite-nos investir a nossa energia vital na construção de uma sociedade saudável, produzindo frutos imprevisíveis para as gerações futuras. Porque só em famílias saudáveis ​​crescem crianças saudáveis.

Devemos crescer nas virtudes que queremos incutir: fé, esperança e caridade sacrificial, e com elas: prudência, justiça, fortaleza e temperança. Um vício leva a outro, e nenhuma virtude floresce sem as outras.

Precisamos de pastores prudentes, justos, corajosos e temperantes. Queremos ouvir a sua voz como in persona Christi!

Mais do que nunca, precisamos de um coração que ouve: uma linha direta com o Espírito Santo. Só assim caminhamos rumo à santidade.

Falar ou calar? Confessar Cristo ou não?

"Quem me confessar diante dos homens, eu o confessarei diante de meu Pai" (Mt 10,32)

A fidelidade começa nas pequenas coisas. Não esperemos ser mártires se não resistirmos ao consenso na vida cotidiana.

Não há estratégia que nos salve. O mundo é governado pelo medo pagão, e os poderosos tocam sua música para abrir caminho para o Anticristo. Do Gênesis ao Apocalipse, Deus nos diz: NÃO TENHAM MEDO.

Somente quando acolhemos Deus como Pai e Maria como Mãe, deixamos de ter medo.

O mundo está repleto de lugares de graça mariana: Lourdes, Fátima, Garabandal... Todos os que viram a Mãe de Deus permanecem. (Fonte: INFOVATICANA)